Os fabricantes de equipamentos agrícolas e de construção estão cientes do seu papel crucial no processo de descarbonização da Europa, uma vez que dependem fortemente de maquinaria especializada para construir infraestruturas. Assim, a descarbonização destes setores é crucial para atingir os objetivos climáticos, "mas requer uma abordagem política prática e tecnologicamente neutra", alertam as respetivas associações de referência, CEMA e CECE.
Recordam que, ao contrário do setor automóvel, as máquinas agrícolas e de construção operam em ambientes altamente variáveis e muitas vezes remotos, onde a eletrificação nem sempre é viável. "Uma solução única para todos os casos não funcionará. A UE deve considerar uma gama mais vasta de tecnologias e avaliar as emissões numa perspetiva holística que inclua combustíveis renováveis, melhorias de eficiência e otimização operacional", afirmam em comunicado.
Os fabricantes apelam a uma política que facilite e não restrinja os progressos.
Os utilizadores finais (empresas profissionais agrícolas e de construção) já são incentivados a reduzir as emissões, mas enfrentam desafios em termos de custos, logística e infraestruturas. A CEMA e a CECE explicam que os fabricantes estão a oferecer diversas soluções, “mas o progresso depende de políticas que permitam a flexibilidade e a inovação”. Para ter um impacto efetivo, a UE deve concentrar-se nos seguintes aspetos:
Concluem: “É fundamental um quadro tecnologicamente neutro. Os decisores políticos devem evitar a pré-seleção de tecnologias e, em vez disso, dar aos fabricantes e utilizadores finais a possibilidade de implementarem as melhores soluções para as suas necessidades específicas. A indústria já está empenhada".
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