Vendas globais de maquinaria vão ter o ponto mais baixo este ano, antes de regressarem ao crescimento em 2026

Chris Sleight, diretor-geral da Off-Highway Research, observou que as vendas nos mercados desenvolvidos, como a Europa, o Japão e a América do Norte, diminuíram no ano passado, com a Europa a sofrer um abrandamento particularmente acentuado. No entanto, este declínio foi parcialmente compensado pelo crescimento em vários mercados emergentes, nomeadamente na Índia.

Na Europa, as vendas de equipamentos caíram 17% em 2024, afetando todos os países, exceto a Irlanda. O deprimido mercado da construção residencial foi particularmente problemático para as vendas de equipamentos compactos, enquanto o colapso dos governos austríaco, francês e alemão no final do ano foi especialmente prejudicial para a confiança das empresas nesses países. Como primeiro e terceiro maiores mercados de maquinaria da Europa, os declínios acentuados na Alemanha e em França foram particularmente prejudiciais.

A América do Norte registou um declínio de 5% nas vendas durante 2024. Apesar de um mercado de construção forte, a saturação de equipamentos jovens nas frotas após três anos consecutivos de vendas recorde contribuiu para este declínio. Até 2025, prevê-se um declínio adicional de 11%, atribuído em parte às políticas comerciais inflacionistas da administração Trump.

Por outro lado, os mercados emergentes mostraram sinais positivos. A China registou um aumento de 9% nas vendas em 2024, impulsionado principalmente pela procura de equipamento elétrico para minas e pedreiras. Prevê-se um novo crescimento de 7% em 2025. A Índia também se destacou com um aumento de 9% nas vendas, apesar das interrupções causadas pelas eleições gerais e pela implementação de novos regulamentos sobre emissões.

Na América do Sul, as vendas diminuíram acentuadamente em 2023 em relação ao nível excecional de 2022. A inflação elevada e as taxas de juro elevadas contribuíram para o declínio, mas com o abrandamento destes fatores em 2024, o mercado alcançou um crescimento de 1%. Prevê-se um ligeiro abrandamento na América do Sul este ano, à medida que o mercado arrefece em relação aos picos dos últimos anos.