A 5ª edição do Salão de Mineração e Minerais, MMH 2024, que encerrou a 17 de outubro no Palácio de Congressos e Exposições de Sevilha (Fibes), teve um impacto económico estimado de 7,16 milhões de euros na cidade, mais 32,6% do que os 5,4 milhões da edição anterior. Este facto foi anunciado pelo curador do MMH 2024, Enrique Delgado, que acrescentou que o evento recebeu mais de 14.658 visitas durante os seus três dias de duração, mais 46,6% do que em 2022.
O encontro, organizado pela Associação de Empresas de Investigação, Extração, Mineração-Metalurgia, Auxiliares e Serviços (Aminer) e Fibes, que já se tornou uma referência internacional para a indústria mineira, contou com 257 expositores (mais 50% do que na edição anterior) e 6.432 metros quadrados de espaço de exposição (mais 44%). Nesta edição, inscreveram-se 1.300 congressistas (mais 30%), tendo sido realizados 4.626 contactos comerciais, apresentações de projetos e reuniões entre empresas e organizações.
O Congresso Científico, realizado em paralelo para partilhar os últimos desenvolvimentos de um setor que aposta na investigação, na inovação tecnológica e na sustentabilidade, foi composto por sete mesas redondas, mais de 60 conferências e 15 apresentações no Innovation Hub. Participaram 141 oradores nacionais e internacionais de topo, mais 22,6% do que em 2022.
"São números excelentes que refletem o bom momento que a nossa indústria mineira atravessa, bem como o empenho das empresas, organizações e instituições em partilhar e mostrar à sociedade o melhor do setor", afirmou Enrique Delgado.
O Ministro da Indústria, Energia e Minas da Junta da Andaluzia, Jorge Paradela, que proferiu o discurso de encerramento do evento, sublinhou que "poucas feiras podem dizer que numa só edição cresceram 50%", e acrescentou que "não só os números, mas também as sensações, demonstram o sucesso desta edição da MMH".
"Temos de nos unir no objetivo comum de defender o papel da exploração mineira do século XXI, assente nos pilares do compromisso ambiental, do impacto social positivo, da segurança inegociável dos trabalhadores e da inovação", afirmou. "Temos de defender o lugar que merece, apostando na colaboração público-privada neste sector estratégico para a autonomia energética, que representa uma enorme oportunidade para a Andaluzia, porque a exploração mineira é onde tudo começa", concluiu o ministro.
Durante a cerimónia de encerramento, Enrique Delgado passou o testemunho como comissário do MMH ao seu sucessor, Fernando Araúz de Robles, diretor de licenciamento e desenvolvimento de projetos mineiros da Atalaya Mining. Engenheiro de minas sénior e figura reconhecida no setor, trabalhou em várias empresas dos setores da mineração metálica, rochas ornamentais e agregados e foi secretário-geral da Indústria, Energia e Minas da Junta da Andaluzia.
Será o responsável pela organização da MMH 2026, que, como anunciado, terá lugar de 20 a 22 de outubro de 2026.
Em primeiro plano, de pé, Fernando Araúz de Robles, diretor de licenciamento e desenvolvimento de projetos mineiros da Atalaya Mining e novo comissário da MMH. Em segundo plano, sentado, Enrique Delgado, comissário da MMH 2024.
O novo comissário assumiu o cargo 'com responsabilidade' e com o objetivo de consolidar o MMH como o congresso de referência para o setor mineiro, após a mudança substancial que sofreu na sua quinta edição.
O momento da entrega incluiu um reconhecimento a Enrique Delgado pelo seu esforço e entusiasmo durante a preparação da MMH 2024. A diretora executiva da Aminer e secretária-geral da MMH, Marta Cerati, e o diretor da Fibes, Antonio Castaño, entregaram-lhe uma figura de recordação. A homenagem incluía um retrato que recordava a sua longa e diversificada carreira profissional, bem como o seu envolvimento na representação da mineração andaluza como vice-presidente da Aminer. Além disso, durante a cerimónia de encerramento, foram entregues os prémios MMH 2024, que reconhecem as carreiras de pessoas de reconhecida relevância no setor mineiro. Os vencedores deste ano foram o engenheiro de minas e professor Ricardo Lain e a ex-gerente da Aminer Priscila Moreno.
Da esquerda para a direita: Luis Vega, presidente da Aminer, Priscila Moreno, antiga diretora da Aminer, professor Ricardo Lain e Jorge Paradela, Ministro da Indústria, Energia e Minas da Junta da Andaluzia.
Nas suas palavras de agradecimento, Ricardo Lain, que começou a trabalhar em plataformas petrolíferas até descobrir a sua vocação precoce para a mineração, orgulhou-se do facto de este interesse profissional ter sido herdado pelas suas duas filhas e sublinhou que, juntamente com a mineração, à qual tem dedicado a sua vida, o ensino tem sido a segunda das suas paixões profissionais. Salientou também a sua satisfação por ter recebido o prémio das mãos de Luis Vega, presidente da Aminer, com quem mantém uma relação estreita.
Por sua vez, Priscila Moreno (que é filha de Francisco Moreno, fundador da Aminer e um dos impulsionadores do Salão de Mineração e Minerais, do qual foi presidente de honra) é diretora do setor de mineração há três décadas e tem sido reconhecida por sua defesa do papel da mineração sustentável. Depois de receber o prémio das mãos do Ministro Regional da Indústria, Energia e Minas, Moreno agradeceu emocionada o carinho do setor e manifestou o seu orgulho pelas empresas mineiras, "com as quais partilho este prémio e a honra de ter estado ao vosso serviço, representando um setor tão estratégico como o da mineração de metais, através de uma associação exemplar como a Aminer, cujos princípios passam por promover a unidade do setor, partilhar conhecimentos e procurar a melhoria contínua", como concluiu.
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Engeobras - Informação para a Indústria de Construção Civil, Obras Públicas e setor mineiro