No final do primeiro semestre de 2024, o Grupo Infraestruturas de Portugal (IP) apresenta um resultado líquido positivo de 70,7 milhões de euros, que compara com o resultado líquido positivo de 3,5 milhões de euros registado em igual período de 2023.
O EBITDA e o resultado operacional mantêm-se positivos, ascendendo aos 277,5 e 159,1 milhões de euros, respetivamente, registando aumentos de 47,2 e 64,1 milhões de euros face ao período homólogo de 2023.
Os rendimentos operacionais atingiram 706,5 milhões de euros, ou seja, 62 milhões de euros acima do montante verificado no primeiro semestre de 2023, principalmente impulsionados pelo aumento de rendimentos com impacto direto em resultados, como a CSR (+26 milhões de euros), as Indemnizações Compensatórias (+17 milhões de euros) e a tarifa ferroviária (+10 milhões de euros).
Por sua vez, os gastos operacionais fixaram-se em 547,5 milhões de euros, representando uma redução de 2,5 milhões de euros quando comparado com o primeiro semestre de 2023, sendo de destacar o incremento do nível de intervenções na infraestrutura rodoferroviária sob gestão da IP, com um aumento de gastos com mercadorias vendidas e das matérias consumidas (10,6 milhões de euros) e conservação rodoferroviária (4,2 milhões de euros), a que acresce o aumento dos gastos com pessoal (3,7 milhões de euros), aumentos esses que foram mais do que compensados por uma redução dos gastos com amortizações (17 milhões de euros) e provisões (6 milhões de euros).
Relativamente ao resultado financeiro, a melhoria de 5,5 milhões de euros ficou a dever-se à redução da componente dos juros afetos às subconcessões, em virtude da descida do passivo associado, mas também à forte imunização da carteira de dívida a variações das taxas de juro.
Mantendo a tendência dos últimos semestres, no primeiro semestre de 2024 registou-se um crescimento de 14% do investimento realizado, em particular incidindo sobre as redes ferroviária e rodoviária, o qual ascendeu aos 258,8 milhões de euros sendo de destacar a execução global dos investimentos incluídos no Programa Ferrovia 2020 (188 milhões de euros, mais 13% do que no período homólogo de 2023), e os investimentos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que registaram um crescimento de 79% face ao período homólogo de 2023, atingindo os 36,2 milhões de euros.
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