O concurso público para a construção da Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa foi lançado na passada sexta-feira, prevendo que o metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures estará operacional em 2026 e custará 527 milhões de euros.
Além do lançamento do concurso na plataforma de contratação pública, decorreu também a assinatura do protocolo de colaboração entre o Metropolitano e os municípios de Loures e Odivelas, no distrito de Lisboa.
Segundo o concurso público lançado a nova linha custará 527 milhões de euros (já com IVA), 390 dos quais através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e 137,3 milhões de euros financiados pelo Orçamento do Estado.
A Linha terá 11,5 quilómetros e 17 estações (12 delas à superfície, três subterrâneas e duas em trincheira), entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado, em Loures, com ligação ao centro de Lisboa a partir da atual estação de Odivelas. Vai servir as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, no concelho de Loures, com nove estações numa extensão de 6,4 km.
No concelho de Odivelas serão construídas oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 km.
Na sessão de lançamento, o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, considerou que esta nova linha mudará o paradigma da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (AML), já que poderá depois expandir-se para outros concelhos na zona norte de Lisboa.
Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, destacou que esta é uma obra esperada há tanto tempo pelos moradores de Loures que estes “já estavam descrentes” nesta solução.
Loures é um dos concelhos que mais viaturas faz entrar na cidade de Lisboa e as nove estações permitirão uma nova forma de mobilidade não só para Lisboa como para os circuitos internos do concelho, sublinhou.
Hugo Martins, presidente da Câmara de Odivelas, considerou que este é “um dia histórico” para a mobilidade da área norte da AML, sublinhando que, para o seu concelho, os ganhos são sobretudo de menor pressão de tráfego e mais estacionamento, porque “o novo metro apanha os utentes em Loures mais a montante”, melhor acesso ao hospital Beatriz Ângelo, menor ruído e menos emissão de gases para a atmosfera, o que permitirá cumprir também metas ambientais.
Os concorrentes têm um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas neste concurso, contado da data do envio do anúncio para publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE).
O investimento inclui a conceção e construção da infraestrutura do Sistema de Metro Ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, a elaboração de todos os estudos para efeitos da instrução dos processos de expropriação por utilidade pública, o fornecimento de veículos tipo LRV-Light Rail Vehicle, e a prestação de serviços de manutenção da infraestrutura ferroviária e dos veículos pelo prazo de três anos.
engeobras.pt
Engeobras - Informação para a Indústria de Construção Civil, Obras Públicas e setor mineiro